segunda-feira, 31 de maio de 2010

Aos filhos


Que a gente se sinta bem ao pensar no outro, não importa a hora e o lugar. Que essa consciência nos faça expandir a vida e o coração, certos de que o outro, o destinatário do pensamento, esteja onde estiver, vai nos entender, vai absorver nossa mensagem e retirar dela o verdadeiro sentido do que dissermos ou pensarmos.

Que se nos afastarmos isto ocorra sem grandes sofrimentos e, mesmo que haja tristeza, que seja breve, conscientes de que cada um, e todos, devem seguir seu caminho, mesmo que isso signifique certa distância. Que, se distantes, confiemos reciprocamente que seja só o físico. E que haja muitos reencontros, todos de grandes abraços e boas risadas, acordes em que esse é um tipo de amor que independe de tempo e presença.

Que, embora tecida de encontros e desencontros, nossa vida tenha por substrato um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos, firme na convicção de que toda transformação, do nascimento à morte, é um dom da natureza e uma forma de crescimento.

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