terça-feira, 7 de setembro de 2010

Claroescuro


Sinto nos teus braços
o abraço do tempo
lembro o quanto quis
mudar tudo
revirar o mundo
derrubar cercas e muros
hoje o vejo em claroescuro
renovado a cada ciclo
redesenho minhas escolhas
vejo o outono e imagino novas folhas
espero a primavera
me vejo em meio às flores
quero me ver pela luz dos teus olhos
quero o saber dos velhos
o sabor dos ventos
num riso dissolver concretos
o movimento do meu tempo
fazendo círculos de paz
na intriga de tantas horas
enquanto tu me demoras
quero começar de novo
me olho inteira e te sinto
nasce em mim uma nova aurora

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