sábado, 1 de agosto de 2009

Insônia



Dia tenebroso esvai-se à lua
estrelas felizes saúdam a noite
céu iluminado turva o pensamento
noite amarga controlando o tempo
dor sem medida num espaço sombrio
olhos marejados ressumam gotas frias
mãos gélidas tateiam a tez esquálida
grunhidos atroam solteiros ao vento
soluços refluem um canto ao adeus
no relento
momentos insanos distorcem memórias
lembranças marcantes torturam a alma
saudade penosa atropelando a calma

que furor!
tanto horror!
ansia da morte
vida em esplendor!
tamanha é a dor!

realidade latente em madrugada eterna
contrição amarga do bem desvivido
clamor sem tamanho revolteia o cerne
instantes insólitos eternizam as horas
mente perdida
corpo inerte
invocando aurora
suspiros de angústia na dor sem temor
sombras do nada percorrem caminhos
suplicam a Ti um pouco mais de destino!
dai sono, dai cor, dai luz
mais sonhos meninos!
mais tempo
mais dias
mais paz
mais vida à filha do Pai.

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