domingo, 28 de março de 2010

Metade de ti

És o atalho das estradas por onde passei
das vilas que visitei
dos caminhos onde pisei
sou metade de tudo que não tens sido
herança de um desconhecido
tua direção na contramão
meu sim para dizer não
migalhas do pão consumido
retalhos de noites não dormidas
sou poeira de chão batido
lembrança já bem esquecida
és meu passo no rumo incerto
água cristalina no pé da serra
meu pedacinho de céu

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