quinta-feira, 10 de junho de 2010

Amor e morte


Esquece-te dos fundamentos. Olha os dias que crescem e declinam.
Não perturbes mais nem te perturbe
Despe-te das leis e dos conceitos.
Amor e morte num quiasma estreito

Esquece a razão de ser das coisas que vivem. Ainda.
Esquece a dúvida. Perde a razão.
Busca o que há de ti em cada esquina

O poder te espreita. A culpa te espia
Só a viagem eterna liberta de todos os mitos

Foge. Fujamos. Enquanto é nossa a vida. E a noite cúmplice clandestina. Nos envolve e esconde.

Viva. Vivamos. Faça-nos divinos nessa hora sem tempo.
Neste espaço. Nesta terra. De ninguém.

Acorda. Acordemos. Quanto nos espera a cidade cinzenta e fria.
Onde a vida respira aos sussurros.

O poder revolve. Expurga a culpa. A culpa original... que me pesa e grita
E não deixa viver
Nem ser eu
Mulher

Nenhum comentário: