quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Regozijo

Pra que o tempo não pese
e ver luz nas estrelas
pela mãe terra
na terra da tua mãe
sejas tu
tu mesmo
regozija-te
tens mãos calejadas
rosto envelhecido
pele rugada
suor derramado
semblante exaurido
de sangue marcado

és solo fértil
fecundo
água pura
liberdade
rejuntaste os vãos
untaste os sulcos
és alicerce
do mundo
apaziguaste as mãos
soltaste as correntes
juntaste num voo igual
pássaros tão diferentes
arrancaste do silêncio a voz
irrompeste em alvorada
a escuridão de tantas mentes

perante todas as pedras
ao regressar
diante do Tempo
aos séculos constatarás
a imensa labuta
a tua boa luta
o quanto foi justa
tua alma exultará
a todo peito bradará
tua felicidade
por seres humano
num mundo profano
na desigualdade
foste um igual
não corrompeste
nem profanaste
fizeste tua parte

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