quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Criança velha

Deslocada
fiquei sem tento
n`outro tempo
criança velha
fora te tempo
perdi meus caminhos
segui sem destino
ligeiro demais
não sorvi os segundos
que a vida expôs
na vitrine dos meus dias
ruas tristes reclamam meus pés
descalços
mãos calejadas resistem sozinhas
percalços
cálice opaco com taça de cristal
confundi
adolescência esquecida
infância proibida
não resisti e cresci
agora aqui descobri
não é pecado ser criança
proibição não há em sonhar
não quis acreditar
o futuro não cessa
o presente ainda resta
e o passado
a que se presta?

Nenhum comentário: