sábado, 17 de abril de 2010

Morrer como gavião

Eles ainda existem em nossos ares. Aos milhões sobrevoam o País cor de anil. Alguns, em vôos rasantes, sucumbiram à lama. Outros, com bicos e asas cortados, foram amarrados, engaiolados. Mas os mais tenazes permaneceram. Muitos não temem aos atiradores, expõem-se ao perigo e continuam voando baixo. Há os que são abatidos, caem, sacodem as asas e levantam vôo novamente, em meio àqueles que mudam de ares. Mas há também os que voam alto, muito alto, e não temem o risco. De serem atingidos, nem de morrerem como gaviões.

2 comentários:

Érik Diniz disse...

Mensagem show de bola. Tomara que pessoas com alguma sensibilidade consigam enchergar o que vc quer transmitir nas entrelinhas.
Parabéns mais uma vez pelo blog.

MJCorrea disse...

Obrigada por engrossar as fileiras dos que não se calam.
Abraço