domingo, 29 de maio de 2016

A Eternidade se despediu...

Por que não mostras tuas cores?
Que matizes ocultas sob o véu branco de azul desbotado pelas lágrimas que tua face veste?
Que fizeste do rubro fosco que te tanto vi fingir?
E a esquálida pele na agonia do reluzir das têmporas escarnecidas de esperança vil?
Não! Não te encontro no vazio amargo das entrelinhas dos versos loucos, nas tristes rimas disfarçadas dos poemas sujos...
Não estás no sentido de cada dor, no calor de cada dia e no clamor de cada verbo enegrecido pela luz que negas aos tempos idos.
Te escondes: Castas não são as mãos que estendes, nem brilha a flama do olhar em chama no instante derradeiro da eternidade...
Que se fará na aurora dos outros tempos que te virão ir?
Partir! Sair do chão para outras mãos, de rubras faces ou outras cores, com ou sem flores, que te darão novos valores... amores sem dor.
A eternidade se despediu.
Que se fará dos momentos eternos?

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