Amigos ausentes ou ausência de amigos?

Segundo o Aurélio, amizade é "Sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual". Consciente das obrigações das pessoas, da labuta diária, dos pegue e pagues do mundo, uma indagação que insiste, toando e retumbando em minha mente nos últimos dias, busca saber: O que há de verdade quanto a esse sentimento entre as pessoas?
Essa busca incessante pelos sonhos, pelo vil metal, por metas que às vezes beiram o absurdo, desobrigam as pessoas de serem gentis, de se preocuparem ou darem um mínimo de atenção a quem precisa?

Não nos incumbe sermos senhores do nosso tempo? Sujeitarmos o tempo ao que nos é realmente importante em vez de sermos escravos dele?

Falta de tempo para os amigos não seria apenas para os insensíveis e para aqueles cujo vício em trabalho esconde achaque bem pior?

Não seria para aqueles que se deixam tragar pela voracidade do capitalismo, que tem como marca criar autômatos, que respondem ao comando com um eterno... sim?