sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Palavras

Desajeitadas as minhas palavras?
Talvez o sejam; mas elas são o grito do meu silêncio.
E o silêncio é um luxo a que não posso me dar.
É o escrever que dá a mim a medida do falar e do silenciar.
Me faz não olvidar nunca de mim.
De quão tamanha é minha liberdade.
E de que toda liberdade implica numa responsabilidade sem tamanho.
Talvez o faça pra me defender da imensa tentação de ser infeliz.
Tentar-me assim, não quis.
E de tão fácil que o calar se faz, o desfaço, pra me impedir de ter piedade.
De mim.
Assim, ao silêncio, às palavras, à liberdade e à responsabilidade respondo.
Sim!

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