segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A morte não sonha


Soterrados pela ganância
vítimas da corrupção
sujeitos da desesperança
arrebentam o arame das cercas
explodem os muros da lei
sobre os trilhos da sorte
rumando para a morte
a terra selando sonhos
sonhos valendo vidas
mas a morte não sonha
e a vida de tantos
vale tão pouco
além dos cercados
aquém dos muros do absurdo
o eco não cabe no tacho
das palavras ocas
dos discursos vãos
há muito por fazer
tanto pra dizer
calar ou falar
se calarmos
as pedras gritarão
mais cabeças rolarão

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