segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A um líder morto


Teu fim chegou a mim
cortando vales e montes
reinventando caminhos
erguendo ramos e espinhos
de teimosia e esperança
abrigam-te palmos da terra
por quem tanto lutaste
as cercas que tombaste
choram rios e mares
sangra o chão desta terra
numa guerra sem proporção
vejo corpos que tombam
sinto cheiro de decomposição
na rotina da farsa e da opressão
que escraviza e prende o povo
que o reprime e o açoita
que de todos tira o chão
e os leva a escravidão
mas a esperança germinará
um verde broto vai brotar
quem morrer não o verá
do chão de sangue desabrochar
o homem à terra volverá
ali de novo vai plantar
da terra a vida jorrará
igual pra todos então será
Oxalá!

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